Em França, a estreia do polémico documentário de Michael Moore, "Fahrenheit 9/11", tornou-se evento de primeira página em diversas publicações e dividiu as opiniões dos críticos. A venda de bilhetes atingiu os 4.372 lugares apenas nas primeiras sessões em Paris, ligeiramente atrás dos valores alcançados por "Kill Bill Vol. 2" mas acima dos obtidos por "O Dia Depois de Amanhã" e "Tróia".
Será a paixão pelo cinema ou a antipatia colectiva pelo Presidente Bush o motivo porque "Fahrenheit 9/11" foi recebido efusivamente entre os franceses? No jornal "Libération", Michael Moore é caracterizado como «um espectáculo de televisão em si mesmo» e, na primeira página do diário "L'Humanite's", o realizador surge vestido como a Estátua da Liberdade, com um boné de basebol.
Contudo, a crítica não é unânime. Para o "Le Monde", considerar a atribuição da palma de ouro a "Fahrenheit 9/11" em função «das suas qualidades cinematográficas é prova de incompetência, pura mentira ou ironia». Na opinião do jornal, o filme não pertence ao género documental, mas à propaganda.
Nos Estados Unidos, o documentário de Moore já bateu todos os recordes, acumulando desde a estreia mais de 60 milhões de dólares.
8 de julho de 2004
"Fahrenheit 9/11" - Qual o segredo do sucesso entre os franceses?
Por AFG às 18:07
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