Mais uma vez, há polémica na organização da Feira do Livro. Os problemas já são conhecidos e o artigo de opinião de João Miguel Tavares vai ao cerne da questão.
A MINHA BARRACA É MAIOR DO QUE A TUA
João Miguel Tavares
jornalista
jmtavares@dn.pt
É um desconsolo, mas é mesmo assim: estar próximo dos livros não torna as pessoas mais inteligentes. Basta olhar para o conflito entre a APEL e a Leya a propósito da Feira do Livro e verificar como essa gente que faz da literatura a sua profissão consegue revelar uma tão grande falta de senso, consumindo-se em conflitos internos que deixaram de fazer sentido há pelo menos 20 anos. O pobre Parque Eduardo VII virou palco de uma guerra fria de pacotilha, com a APEL muito devota da utopia comunista, agarrando-se às suas barraquinhas como o último sinal de pureza proletária, contra o avanço do grande capital. Esta gente quer convencer-nos de que de um lado está "O Livro" (leia-se, a APEL), do outro lado está "O Negócio" (leia-se, a malvada Leya), e que o primeiro deve combater o segundo. Até os romances de Paulo Coelho têm uma linha de pensamento mais elaborada.
Para ler em DN - Opinião
20 de maio de 2008
As eternas polémicas em torno da feira do livro
Por AFG às 23:31
Categorias: Crónicas, Eventos literários
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